Sobrevivência depende de atitude, iniciativa e perseverança

A falta de iniciativa é um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento profissional. O colaborador que faz só o que lhe é exigido, se aproveita do labor alheio ou adota a lei do mínimo esforço, tem poucas chances de crescer profissionalmente e intelectualmente.

A empresa não é uma instituição filantrópica. Ela precisa superar seus limites continuamente, para oferecer bons serviços e valor agregado a seus clientes externos/internos e investidores. Porém, jamais conseguirá com uma equipe sem iniciativa. Para se sobressair no atual cenário de elevada competitividade, a empresa necessita de pessoas realizadoras que:

- Façam o que precisa ser feito, mesmo sem serem solicitadas;
- Resolvam problemas em vez de criá-los, ignorá-los ou de transferi-los para os outros;
- Tenham a qualidade de seu trabalho como marca registrada;
- Corram risco e se dediquem como se fossem donas do negócio.

A iniciativa, atitude e perseverança são qualidades que mais diferenciam colaboradores ativos, notáveis com visão empreendedora dos medíocres. E esses últimos, que geralmente esperam ser carregados pelos outros, são mais comuns nas organizações do que se imagina, principalmente por falta de acompanhamento e mensuração objetiva dos desempenhos.

Lamentavelmente, essas pessoas estão equivocadas, a velha retórica de trabalhar conforme remuneração e benefícios, hoje foi invertida. Crie, produza, aumente os resultados com seus serviços, seja proativo, participativo, logo deverá ser reconhecido por sua empresa.

Se seu gestor por acaso for "míope", outros enxergarão seus valores. Aliás, você conhece alguém dedicado, preparado, ético e eficaz que fique muito tempo disponível, mesmo nos momento de crise? O preguiçoso ainda se acha esperto e pensa que seu colega com iniciativa é um idiota. No entanto, o indivíduo que se dedica às suas tarefas o mínimo possível, pode até obter benefícios de curtíssimo prazo, mas a longo prazo será o mais prejudicado. Esta realidade vale do mais baixo ao maior cargo da organização.

Chamar a responsabilidade para si e, manter a iniciativa constantemente, exige coragem e resolução, o que provavelmente aumenta o risco de se cometer erros. No entanto, é mais digno e desafiador errar buscando melhorias para inúmeras barreiras do quotidiano, que da mesmice e comodismo, um caminho para a involução e anonimato de dados estatísticos do IBGE ou sindicatos.

Não tema, se tendo iniciativa possa ser rejeitado pelos outros colaboradores, este fato é porque normalmente as pessoas nivelam a qualidade de desempenho por baixo e, esperam que todos façam o mesmo para que sua mediocridade não fique tão aparente. Quem é realizador pode ser considerado o "pato feio", mas tenha certeza e fé que mesmo assim nunca lhe faltará um rio ou um lago disponível para suas realizações e reconhecimento de seu mérito.

Hoje, o maior erro que um colaborador pode cometer, é pensar que trabalha para alguém. Você pode ter um chefe, receber o pagamento de determinada empresa, mas você tem chance de superar-se, de ser excepcional, e, a fonte geradora desta atitude é a iniciativa. Todos têm o livre arbítrio de que rumo tomar na vida, lembrando que no final vai arcar com as consequências positivas ou negativas de suas decisões e atitudes. Porém se não gosta de se ocupar com isto, pode relaxar, muito provavelmente alguém com maior visão se antecipará, economizando esta "cansativa mudança" comportamental de viver sem iniciativa.

Autor: José Eugênio Pedrosa Luna (eugenio.pedrosa@yahoo.com.br)

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